Já pensou que boa parte da nossa capacidade de comunicação com outras pessoas hoje depende, justamente, dos satélites? Sem eles, seria praticamente impossível estabelecer uma comunicação de qualidade em tempo real com pessoas em todo o mundo.
Mas não só isso. Os satélites artificiais cumprem funções muito importantes para o nosso dia a dai e, também, para a pesquisa científica. Por exemplo, o avanço do nosso conhecimento sobre o espaço vem, justamente, dos dados obtidos por eles, sabia?
Confira a seguir como um satélite funciona e confira as curiosidades sobre os mais famosos que estão na órbita da Terra! Boa leitura.
O que é um satélite artificial
O satélite artificial é um dispositivo que orbita o planeta Terra ou outros corpos celestes e cumprem funções específicas que podem ser desde questões relacionadas com a transmissão de dados em todo o planeta, a outras questões relacionadas com ciência e tecnologia.
Há diversos tipos de satélites artificiais, de acordo com seu intuito e objetivos. Mas, de modo geral, eles realizam mensuração de alguma propriedade física para realizar seu objetivo final.
Como funciona um satélite artificial
O satélite artificial é montado segundo a sua finalidade. Por exemplo, se o objetivo é realizar observação do espaço para fins de pesquisa, ele deve ter um telescópio acoplado em seu funcionamento.
Independentemente do seu objetivo, ele possui sistemas de captação de ondas eletromagnéticas, com objetivo de conseguir se estabelecer no espaço. Sua energia é abastecida a partir de painéis solares, que transformam a luz solar em energia elétrica e mantém seu funcionamento por 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Para que eles possam funcionar, é preciso que sejam lançados para o espaço, para alcançarem a órbita da Terra. Isso é feito por um foguete ou nave destinado a isso.
Mas como o satélite se mantém em órbita, sem voltar para a atmosfera devido à gravidade? A resposta é: sua velocidade. Ao chegar no espaço, ele deve estar em uma velocidade específica, que faz com que sua aceleração ao tentar se afastar da Terra o mantenha em órbita, mesmo que a gravidade faça o movimento de puxá-lo de volta.
Vale lembrar que cada funcionalidade demanda uma distância específica da atmosfera. Por exemplo, os satélites meteorológicos estão entre 300m a 1000km de altura. Já aqueles destinados à telecomunicações estão em uma altitude mais elevada, em média em 35.786km.
Os satélites possuem vida útil: em média 20 anos. Quando alcança esse período ela deve ir para a órbita cemitério, que fica a, aproximadamente, 300km acima da órbita geoestacionária. Sim, a ideia é evitar um supercongestionamento de satélites em nossa órbita.
Importância dos satélites artificiais
Os satélites artificiais ajudam no envio e transmissão de informações importantes, viabilizando a comunicação ao redor do mundo. Para você ter ideia, antes da internet, só tínhamos contato com links ao vivo na TV a partir da comunicação via satélite.
Além disso, os satélites artificiais podem ser utilizados para:
- Observação do planeta, que ajuda a trazer análises sobre desmatamento, clima, movimentação dos oceanos, entre outros pontos importantes de monitoramento da Terra;
- Controle de navegação (por exemplo, o uso do GPS é feito por meio de satélites);
- Controle meteorológico e antever, inclusive, cenários que exigem cuidado para enviar notificações para a população (por exemplo, alertas de tempestades);
- Controle de defesa, identificando movimentações e monitorando territórios;
- Controle do espaço aéreo nacional;
- Exploração espacial;
- Pesquisas científicas, entre outros.
Ou seja, para além das telecomunicações, os satélites artificiais podem exercer diversas funções importantes para nossa vida individual e para a sociedade como um todo.
Exemplos de satélites famosos em órbita
Está gostando deste conhecimento sobre satélites? Separamos algumas informações interessantes sobre os satélites mais famosos. Afinal, temos mais de 2 mil itens ativos, mas nem todos são tão conhecidos. Conheça a história de alguns deles a seguir.
Sputnik
Não poderíamos começar essa lista sem falar do primogênito dos satélites: o Sputnik. Lançado pela União Soviética, foi uma verdadeira revolução. Ele entrou em órbita em 1957.
Ele foi utilizado para coletas de dados de densidade das camadas atmosféricas e, também, ajudou a melhorar a qualidade do sinal de rádio.
Explorer 1
E em um contexto de Guerra Fria, também não poderíamos deixar de falar sobre o segundo satélite criado: o Explorer 1, lançado pelos Estados Unidos no ano de 1958. Ele foi responsável por confirmar a existência dos cinturões de Van Allen.
Telescópio Espacial Hubble
O Hubble foi um verdadeiro marco no que diz respeito às pesquisas espaciais. A partir do telescópio, foi possível obter imagens com maior nitidez do espaço que influenciaram em muitos avanços científicos.
Ele foi lançado em 1990 e foi a partir dele que tivemos muitas das grandes imagens que temos hoje da nossa galáxia. Ele ainda continua em atividade.
Telescópio Espacial James Webb
Um dos satélites mais revolucionários dos últimos anos, o Telescópio James Webb permite ter um avanço na captura de imagens do espaço, seja em qualidade e resolução, seja em distância. Por exemplo, a partir dele, foi possível registrar detalhes de galáxias que surgiram no começo do universo.
Júpiter 3
E separamos uma história de frustração, mas que em breve deve mudar: o lançamento do maior satélite de telecomunicações da história, o Júpiter 3. Ele seria feito pela SpaceX (empresa pertencente a Elon Musk).
Sua ideia era fornecer maior suporte para empresas de provedor de serviços de internet, Wi-Fi, conexão para celulares e funcionalidades que ajudarão os setores de aeronáutica e marinha.
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Doutoranda em Ciências Humanas e Sociais, Mestra e Bacharel em Comunicação. Copywriter e redatora desde 2013. Pesquisadora na área de tecnologia e política. Especialista em conteúdos sobre tecnologia, saúde, empreendedorismo, gestão, entre outras. Apaixonada por café, gatos e cultura geek.