A arquitetura de software é fundamental para pensar na qualidade de um sistema como um todo. Fora que ela consegue trazer uma série de benefícios que vão desde redução de riscos até melhorias na manutenção.
Entretanto, você conhece aplicações práticas da arquitetura de software? Nesse texto, trazemos uma lista com 6 exemplos para você conhecer. Siga a leitura!
Antes de tudo, o que são padrões arquiteturais?
Um padrão arquitetural é uma solução que agiliza o modo como se constrói um programa. Por exemplo: se você caminha da sua casa até o centro da sua cidade, consegue ver várias residências com o mesmo padrão.
Geralmente, o teto está na mesma posição, se pudesse entrar veria que há espaços para quartos, cozinha, banheiro, as delimitações tem altura superior aos de quem mora na casa etc. Enfim, há um padrão em como muitas residências são construídas no nosso país e até em outras partes do mundo. Pois bem, a mesma lógica se aplica a softwares.
Para construir um programa, os desenvolvedores observam qual o melhor padrão arquitetural pode ser usado, para obedecer aos propósitos do projeto. E faz muito sentido, já que não se pode querer construir uma casa utilizando um padrão para edifício. Dito isso, vamos aos 6 exemplos na prática.
1. Camadas (Layered)
Este é um dos padrões arquiteturais mais simples e conhecidos no mundo da arquitetura de software. Por camadas, se entende, geralmente, 3 principais: camada de apresentação, camada de aplicação e camada de dados. E por quê “geralmente”?
Porque pode haver mais do que 3, dependendo do objetivo do projeto, o que torna esse modelo conhecido também como n-tier (várias camadas). Um exemplo de aplicação dessa camada são os sites de e-commerce.
De um modo bem simples, funciona desse jeito. Você entra no site e vê as ofertas na camada de apresentação. No momento que você começa a interagir, dados são recolhidos e vão para a camada de dados. Se você decide comprar, as informações de compra, desconto, entrega são processadas na camada de aplicação.
2. Microsserviços (Microservices)
A analogia para entender bem esse padrão arquitetural pode ser feita com uma empresa. Ela possui setores distintos, que realizam microsserviços para que o serviço maior, vamos dizer assim, possa rodar, ou seja, a empresa continuar de portas abertas.
Este padrão arquitetural conta com camadas também, entretanto distribuídas entre funções particulares dentro do software. Um exemplo prático é a Netflix.
Para aparecer filmes na sua tela ou recomendações de filmes, dizer qual dispositivo você se conecta, contabilizar as avaliações e várias outras ações, cada uma delas é fruto de um microsserviço. Não é preciso dizer o quanto isso garante agilidade para o sistema.
3. Publicador-Inscrito (Pub/Sub)
Se você tem Instagram, YouTube, Gmail, enfim, já deve ter recebido uma notificação de alguém que você recebe algum tipo de conteúdo. Essa ação se dá pelo padrão Publish – Subscribe, ou seja, conecta quem publica com quem é assinante.
A lógica do padrão é a seguinte: uma pessoa publica um conteúdo no Instagram. Esse conteúdo é analisado pelos algoritmos e dispara para todas as pessoas que seguem a pessoa que publicou.
Note que a lógica possui 3 partes: quem envia o conteúdo, o meio que recebe e dispara, e quem recebe o conteúdo. Sempre, até mesmo por questões de eficiência na performance, há um intermediário entre quem publica e quem assina.
4. Baseado em Espaço (Space-based)
Um exemplo prático para entender a lógica dessa arquitetura pode ser o acesso muito acima do normal feito por clientes de um banco online. Esse banco armazena todas as informações dele em um banco de dados, que não está preparado para picos frenéticos de acesso.
Se várias pessoas tentam acessar ao mesmo tempo, o que acontece? O sistema sobrecarrega e depois de um tempo dá pane. Para evitar isso, o padrão arquitetural space-based diminui o trabalho do banco de dados, alocando os processos em data grids, que garante mais rapidez e escalabilidade.
Em termos mais simples, é como se você e seu amigo ajudassem outra pessoa a levantar uma caixa pesada do chão.
5. Cliente-Servidor (Client-Server)
Fazer uma busca no Google pode ser um bom exemplo para esse padrão arquitetural. Por cliente, se entende algo que faz uma requisição ao servidor. Por servidor, se entende algo que entrega o que o cliente pede.
Se você quer pesquisar alguma coisa, você tem um cliente (seu celular, computador ou tablet) que vai ajudar a fazer a requisição. O Google ajuda a traduzir essa requisição e envia para um servidor. O servidor lê, retorna para o Google e você vê.
Este talvez seja um dos padrões mais conhecidos do mundo e não à toa até hoje é muito utilizado.
6. Orientado a Eventos (Event-driven)
Como o nome diz, este padrão é orientado a eventos. A lógica por trás dele pode ser entendida enquanto se faz uma programação, por exemplo, em JavaScript.
Ao programar um alerta para aparecer na tela do computador, é possível fazer isso de algumas maneiras. Considerando que se utiliza um botão, o que vai ocorrer é um evento específico: o clique. O padrão event-driven se preocupa somente com o que é necessário para fazer o evento ocorrer.
Isso quer dizer que ele, de certo modo, segmenta uma parte do funcionamento de um sistema e também, fazendo jus à importância dos padrões arquiteturais, garante agilidade e escalabilidade para o sistema.
Sua decisão mais importante começa agora!
Neste texto, trouxemos para você 6 exemplos de arquitetura de software aplicados em contextos que você mesmo usa todos os dias e poderia nem saber.
Porém, há mais deles e há também muitos detalhes por trás dos que a gente apresentou para você. Felizmente, se você teve curiosidade para saber mais sobre este assunto, a Faculdade Anhanguera criou o hub de tecnologia Academia Tech.
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Perguntas Frequentes
Dentre os mais importantes e conhecidos, estão a fundação básica e poderosa para criar um projeto, a facilidade na manutenção, a agilidade na performance e a economia tanto de tempo como de dinheiro para as pessoas envolvidas.
Além disso, a qualidade fica assegurada bem como gerenciar os riscos se torna uma tarefa menos árdua e deixa o sistema agradável para todos os que o utilizam.
O padrão event-driven tem duas partes muito importantes: uma unidade de processamento e um middleware. A primeira parte contém informações importantes do sistema, como a lógica que acontece no back-end.
A segunda parte é composta de quatro partes que controlam o que vai acontecer no software: messaging grid, data grid, processing grid e deployment manager.
Há pelo menos mais de 10 padrões arquiteturais conhecidos. Alguns deles são o circuit breaker, o CQRS, o event sourcing, o MVC, o saga, o sharding, o strangler. Todos eles obedecem a um propósito bem específico.
Há também o layered, o event-driven, o throttling, o static content hosting, que são encontrados em sites como Google, Spotify, Netflix etc.
Graduado em Letras – Português / Espanhol pela Universidade Federal do Ceará. Atuou por 3 anos como bolsista-pesquisador em um projeto interdisciplinar entre as áreas de Linguística e Ciências da Computação. É copywriter e redator desde 2021. Ama de paixão tudo relacionado a escrita, tecnologia, cachorros, histórias e xadrez.