O Designer de Games é um dos profissionais mais procurados no momento atual. Afinal, a indústria de jogos tem crescido bastante nos últimos anos e o Brasil é um dos mercados consumidores mais aquecidos do mundo. Pode ser uma ótima área de entrada para o mundo tech.
Mas como saber se essa é uma área que fará você realizado profissionalmente? Um dos pontos é conhecer como funciona a rotina desse profissional. Conheça a seguir o que faz um Designer de Games e tire suas dúvidas.
Participação na concepção
Em alguns casos, dependendo de como for a estrutura da produtora responsável pelo desenvolvimento do jogo, o Designer de Games pode fazer parte das reuniões de concepção do jogo. Quando isso é possível, você já chega ambientado para as partes práticas e tende a tornar o processo mais fácil.
Em outros casos, a contratação é feita após o briefing ser definido. Mas, claro, durante a execução das próximas etapas, caso tenham reuniões de alinhamento, o profissional pode sugerir mudanças e alterações. Caso seja ouvido, isso pode contribuir para promover uma melhor experiência para o jogador.
Criação de roteiro e dos personagens
Outra parte da pré-produção que o Designer de Jogos faz parte, dependendo da estrutura da produtora, é auxiliar na criação do roteiro do jogo e na concepção dos personagens. A linha condutora da história será responsável por auxiliar na hora de pensar em missões, estratégias, outfit de personagens, ambientação, storytelling, entre outros pontos.
Ele é desenvolvido a partir do briefing definido previamente. Ainda estamos falando sobre fase de pré-produção, ou seja, aqui ainda não há a codificação do jogo em si na prática e esses pontos deverão ser aprovados em conjunto com os demais responsáveis do projeto.
Criação do storyboard do jogo
Antes ainda de partir para a programação do jogo, é importante fazer o primeiro esboço tanto das questões relacionadas com roteiro e concepção dos personagens e, ao mesmo tempo, pensar nas primeiras concepções gráficas. Isso é feito por meio do storyboard.
É uma espécie de rascunho seguindo a história definida para o game, mas que já aponta os caminhos que estão sendo decididos. É por meio dele que se pode pensar em uma concepção gráfica que dará o tom para o jogo. Por exemplo, a ideia é ter um tom noir para um jogo de RPG de investigação?
Então, faça os esboços no storyboard com esse tema. Os times envolvidos podem identificar se esse é um bom caminho, criarem uma concepção diferenciada para o jogo e facilitar, inclusive, o processo de programação no futuro.
Programação do projeto
Com todo o planejamento de pré-produção realizado, é o momento no qual o profissional de Design de Games começa a realizar a programação. Claro que isso não é feito por uma pessoa só (exceto em casos de jogos muito pequenos e mais simples) e, portanto, esses profissionais precisam estar em sinergia no dia a dia.
Por isso, uma das competências mais importantes que um profissional dessa área precisa ter, além da criatividade, é saber trabalhar em equipe. Afinal, vai ser preciso trocar ideias, conversar sobre andamentos, acompanhar os prazos de cada etapa de cada um dos envolvidos.
Realização dos testes de execução do jogo
Após a produção do jogo, o Designer de Jogos faz os testes necessários para analisar se ele está realmente respondendo da forma esperada ou se é preciso realizar correções importantes para que ele funcione da forma adequada.
Por exemplo, nesse momento pode ser encontrada uma falha de continuidade na história, responsável por comprometer a experiência do usuário sobre o jogo. E isso pode impactar seriamente o sucesso do game.
Essa é uma etapa minuciosa e, não raro, não é feita por quem esteve presente na produção. Muitas vezes, testers terceirizados são chamados, pois como eles não estiveram envolvidos no projeto, terão olhares mais atentos para encontrar falhas que não tinham sido vistas pelos times que desenvolveram o jogo.
Correções de bugs e melhorias
Antes que o jogo seja comercializado, é importante avaliar se ele tem algum tipo de bug ou falha que possa não só comprometer a experiência dos jogadores (por exemplo, erros de processamento, falhas de continuidade, lentidão em alguns momentos) quanto, também, expor a segurança do usuário (vulnerabilidades que poderiam ser exploradas por criminosos para ter acesso ao dispositivo do player).
O Designer de Games faz, portanto, após a realização dos testes, todas as correções que foram identificadas nos testes de execução do jogo. Dependendo do tipo de alteração feita, pode ser necessário refazer os testes e verificar se novos problemas não surgiram.
Participação nas atualizações e criações de DLCs
Um jogo, principalmente se ele for online, nunca está finalizado de fato quando é entregue para o público. Isso porque será justamente quando mais pessoas jogarem que eventuais problemas e melhorias começarão a se apresentar com ainda mais força. É papel do Design de Games realizar essas atualizações.
Além disso, hoje muitos jogos não finalizam suas histórias no jogo principal em si. É o caso, por exemplo, das famosas DLCs (sigla em inglês para “downloadable content”, que pode ser traduzido como “conteúdo baixável”), que funciona como um conteúdo extra para o jogo.
Eles se tornam cada vez mais populares, pois o público gosta da possibilidade de poder continuar vivenciando extras da história e, também, é uma forma de continuar lucrando sobre o jogo. Podem ser novas missões, possibilidade de encontrar novos itens, liberação de personagens, entre outros.
Um dos papéis que o Design de Games faz é, justamente, planejar, criar e implementar essa DLC, que poderá ser comprada e incorporada ao jogo principal no futuro. E isso pode passar por todas as etapas que você viu anteriormente.
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Perguntas Frequentes
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No curso, você aprenderá sobre Design, storytelling, programação, criação de storyboards, criação de briefing, entre outros aprendizados importantes para atuar nesse setor.
Um Designer de Games pode atuar, principalmente, em empresas que atuam na área de jogos, ou seja, em produtoras de games. Pode, ainda, ter uma startup em conjunto com outros colegas da área e conseguir vender um projeto de um jogo para uma produtora.
Há, ainda, a possibilidade de trabalhar em empresas tradicionais, criando jogos para estratégias de gamificação que ajudem nas ações de RH e gestão de clima organizacional na empresa.
Não necessariamente. Este tipo de conhecimento pode ajudá-lo, mas não é necessário. Hoje é possível cuidar das questões de design gráfico com soluções tecnológicas sem a necessidade de ter essa habilidade.
E, ainda assim, é possível trabalhar em outras questões importantes, como correção de bugs, criação de roteiros, entre outros, e deixar a parte gráfica para outros especialistas, se for o caso.
Doutoranda em Ciências Humanas e Sociais, Mestra e Bacharel em Comunicação. Copywriter e redatora desde 2013. Pesquisadora na área de tecnologia e política. Especialista em conteúdos sobre tecnologia, saúde, empreendedorismo, gestão, entre outras. Apaixonada por café, gatos e cultura geek.