O ano de 2023 testemunhou uma revolução no mercado tecnológico, com o surgimento de novas Inteligências Artificiais que desafiaram o status quo estabelecido pelo ChatGPT. Bing, Bard, Claude, Ernie-Q e Gemini-OS são nomes que agora ecoam no mundo da tecnologia, marcando uma virada significativa na evolução da IA e como a sociedade interage com ela.
A explosão do ChatGPT, que foi lançado pela OpenAI em novembro de 2022, só tomou forma em janeiro de 2023, quando conquistou a marca de 100 milhões de usuários mensais, tornando-se o aplicativo de crescimento mais rápido da história. Este fenômeno provocou uma corrida das principais empresas de tecnologia para encontrar seu lugar neste novo cenário, onde o público passou a ansiar por uma IA amigável, gratuita e de fácil utilização.
Em março de 2023, a OpenAI anunciou o GPT-4, com melhorias notáveis em criatividade, recursos visuais e contexto. Esta nova versão foi projetada para ser mais criativa e colaborativa, especialmente em tarefas relacionadas à criação artística.
A Microsoft optou por investir na OpenAI, anunciando um aporte de US$ 10 bilhões em janeiro de 2023. Em seguida, lançou o Bing, uma integração entre seu mecanismo de busca e um modelo avançado da OpenAI. Embora tenha sido elogiado por respostas cautelosas e detalhadas, ambas as ferramentas, Bing e GPT-4, eram propensas a respostas incoerentes em sequências longas de perguntas.
Em março de 2023, o Google lançou o Bard, oferecendo um mecanismo de busca integrado com as habilidades de IA generativa. A ferramenta aproveitou o modelo de linguagem Lambda do Google, o que permitiu acessar informações atualizadas na internet.
A Baidu introduziu o Ernie, sua resposta aos modelos de linguagem como Bing e Bard. Embora tenha enfrentado críticas iniciais de desempenho, a empresa lançou o Ernie 4.0 em outubro, afirmando que estava no mesmo nível que o GPT-4.
A Anthropic, fundada por ex-funcionários da OpenAI, lançou o Claude em maio, com uma capacidade impressionante de contexto, processando até 100 mil tokens em cada consulta. Isso o tornou um modelo de linguagem completo, com foco nas aplicações corporativas, como processamento de demonstrações financeiras e análise de documentos legais.
Elon Musk entrou no cenário em novembro com o lançamento do Grok, que se destacou por sua atitude ríspida e inclinação para respostas inapropriadas. A IA generativa prometeu acesso em tempo real a informações e uma afinidade pelo sarcasmo.
A Amazon revelou o Q em 29 de novembro, direcionado para o ambiente de trabalho e a produtividade das empresas. Ele poderia ser integrado em aplicativos de comunicação, como Salesforce e Slack, para fornecer respostas e insights úteis.
O Google encerrou o ano com o Gemini, anunciado como sua IA generativa mais poderosa até então. Uma característica notável era sua capacidade de operar e combinar informações de diversas fontes, incluindo texto, imagem, vídeo, áudio e códigos.
No entanto, a OpenAI não planeja ceder sua liderança, lançando recentemente o GPT-4 Turbo, treinado até abril de 2023 e com uma janela de contexto de 128 mil tokens. Essa nova versão também aceita prompts de imagem, código e conversão de texto em fala.
Apesar desses avanços, a OpenAI enfrentou turbulências internas, incluindo a demissão e reintegração de Sam Altman como CEO, alimentando especulações sobre um possível GPT-5. O futuro da IA em 2024 promete continuar surpreendendo à medida que as empresas buscam dominar um mercado em constante evolução.
Com informações da Epóca Negócios | Créditos da Imagem: Freepik
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