O volume de conhecimento produzido na web tem crescido exponencialmente. Estima-se que, atualmente, cria-se 250 exabytes (1018 bytes) por ano e a curva de crescimento é bastante acentuada. E, por isso, é fundamental ter formas de organização desse volume de dados nos diferentes espaços.
Em ambientes como redes sociais, e-commerces, alguns modelos de aplicativos e, também, na análise de dados, é importante encontrar formas de classificar e categorizar essas informações. E uma das estratégias para isso é a Folksonomia.
Continue lendo e saiba mais sobre o que é Folksonomia e conheça suas principais aplicações que já acontecem em nosso dia a dia.
O que é Folksonomia?
A Folksonomia é um sistema de classificação de informações por indexação realizada pelo usuário final. Ele realiza a classificação e indexação do conteúdo por meio de tag e é aplicada, principalmente, sobre conteúdos digitais.
Essa classificação é feita por meio da aplicação de uma tag ou um rótulo sobre um conteúdo, identificando-o. Ele se contrapõe a um outro modelo de classificação: a taxonomia. Algumas das principais diferenças entre eles são:
Como a Folksonomia está presente no dia a dia do usuário leigo?
Hoje já temos alguns exemplos reais de uso da Folksonomia no dia a dia e que, provavelmente, já fazem parte da sua rotina e, talvez, nem saiba que as informações estão sendo classificadas desta forma.
Bom, se você utiliza alguma das redes sociais mais populares atualmente (Instagram, Twitter, TikTok) já deve ter utilizado alguma hashtag no seu dia a dia, seja para facilitar que seu conteúdo fosse encontrado ou, então, até mesmo acessando uma delas para encontrar mais posts que falassem sobre o tema que está interessado.
Pois é, esse é um tipo de classificação baseado em foksonomia! São os próprios usuários que definem o uso da tag, bem como também os membros da rede encontram todos os conteúdos que estão relacionados com a hashtag ao clicar nela. Ou seja, facilita o acompanhamento de temas que sejam de interesse da pessoa.
Alguns talvez se lembrem de um serviço de fotos, antes mesmo do Instagram surgir, chamado Flickr. Esse foi um dos primeiros serviços web que contavam com um sistema de indexação por tag.
Quando um usuário carregava uma imagem em seu perfil, podia escrever a legenda e, depois, adicionar tags para ajudar usuários interessados no tema a encontrar a imagem. Por exemplo, uma foto do Corcovado poderia ganhar a tag #Rio que, quando clicada, exibiria um conjunto de imagem obtidas na cidade do Rio de Janeiro.
Mas não é apenas nos ambientes de redes sociais que elas são úteis. Por exemplo, seu uso ajuda bastante para que os pesquisadores consigam encontrar informações e artigos científicos da sua área de interesse. Normalmente os periódicos pedem para que os pesquisadores sinalizem 3 a 5 palavras-chave referentes ao trabalho.
As bibliotecas digitais, como SciELO, Scopus, entre outras, utilizam essas palavras-chave para apresentar os trabalhos relacionados com aquele tema. Com isso, o pesquisador consegue identificar qual o estado da arte e realizar revisões sistemáticas a partir do encontrado.
Todos esses pontos já são adotados hoje e são baseados na Folksonomia. Com isso, você consegue ter uma melhor dimensão de como ele atua e a importância para uma melhor navegação do usuário.
Qual a importância da Folksonomia na área de TI?
A Folksonomia tem sido muito adotada não só nas redes sociais, mas em outros produtos web, com o objetivo de proporcionar mais benefícios para os usuários. Vamos entender mais sobre os principais benefícios de sua adoção a seguir.
Facilita a produção social de conhecimento
Como a indexação é feita pelos usuários na maioria das vezes, isso permite uma orientação “bottom to top” no processo de classificação. Isso favorece a produção social de conhecimento, já que uma rede define quais são os critérios para que um conteúdo possa ser indexado sobre aquela tag.
Por exemplo, o #TBT é definido pelos usuários como conteúdos antigos que são relembrados em uma quinta-feira. Essa indexação é alimentada e reforçada pela rede, expandindo a produção de conteúdo continuamente dentro dessas regras.
Melhora a experiência do usuário na navegação
Permitir a customização e facilitação nos processos de navegação sempre são uma boa pedida quando falamos em otimizar a experiência do usuário. Com isso, a pessoa consegue achar mais facilmente o que ela deseja, aumentando sua satisfação.
Facilita a recuperação de informações
Por meio do acesso às tags, é possível recuperar informações que podem ter se perdido em um alto fluxo de informações. Novamente, um exemplo que pode ser mais próximo da sua realidade: se você quer encontrar informações sobre um assunto que circulou no Twitter, mas já foi superado pelo alto volume de tweets, basta acessar a tag do assunto.
Permite identificar tendências e preferências do usuário
A partir das indexações feitas pelos próprios usuários, é possível identificar quando um assunto está em alta ou é de maior interesse do usuário. Pense, por exemplo, no Twitter e os Trending Topics. Com ele, é possível ver o que está em alta no momento e identificar tendências, pontos de oportunidade, entre outros pontos.
A partir disso, é possível identificar comportamentos dos usuários e otimizar ainda mais a experiência deles. Isso facilita a definição de estratégias mais eficientes para encantar ainda mais o usuário.
Aprenda tudo sobre as novidades na área de web com a Anhanguera!
Para saber mais sobre modelos de indexação de informações e mais sobre a área de tecnologia, faça sua faculdade na Anhanguera!
Faça sua formação com bacharelado ou tecnólogo, complemente seus estudos com os cursos profissionalizantes, conte com um corpo docente excelente e muito mais.
Inscreva-se já em um dos nossos cursos na área tech!
Doutoranda em Ciências Humanas e Sociais, Mestra e Bacharel em Comunicação. Copywriter e redatora desde 2013. Pesquisadora na área de tecnologia e política. Especialista em conteúdos sobre tecnologia, saúde, empreendedorismo, gestão, entre outras. Apaixonada por café, gatos e cultura geek.