Em um marco histórico para a medicina e a tecnologia, a Neuralink, empresa fundada por Elon Musk, anunciou seu primeiro implante cerebral bem-sucedido em um ser humano. Este avanço, segundo Musk, é um passo significativo em direção ao seu objetivo de permitir que as pessoas controlem computadores apenas com a mente. Nomeado “Telepatia”, o dispositivo de implante será inicialmente disponibilizado para indivíduos com deficiência que perderam o uso dos dedos.
Musk compartilhou em sua conta no X (anteriormente Twitter) que o paciente está se recuperando bem após o procedimento. A Neuralink, criada em 2017, visa desenvolver uma interface cérebro-computador para auxiliar pessoas com lesões traumáticas a operar dispositivos eletrônicos usando o pensamento.
Embora a implantação de eletrodos no cérebro humano não seja um conceito novo, com precedentes como o Utah array desde 2004, a abordagem da Neuralink destaca-se pelo uso de mais de mil eletrodos, focando em neurônios individuais para uma maior precisão. A tecnologia envolve um chip implantado no crânio, com comunicação sem fio para transmitir dados cerebrais a um aplicativo que os converte em ações.
A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou a Neuralink para ensaios clínicos em humanos em maio do ano passado, apesar de críticas de grupos como o Comitê de Médicos pela Medicina Responsável quanto aos métodos cirúrgicos da empresa em animais.
Além de ajudar pessoas paralisadas, Musk acredita que o dispositivo pode auxiliar na perda auditiva e visual e até possibilitar a fusão da humanidade com a inteligência artificial no futuro. A primeira fase de testes da Neuralink visa definir o design ideal do dispositivo, com previsões de realização de várias cirurgias nos próximos anos.
Os custos estimados para cada cirurgia de implante giram em torno de US$ 10,5 mil (aproximadamente R$ 51 mil), segundo a Bloomberg. A Neuralink espera alcançar uma receita anual de US$ 100 milhões nos cinco anos após o lançamento do produto, com um número crescente de cirurgias planejadas anualmente.
Este desenvolvimento pioneiro não só marca um avanço significativo na interface cérebro-computador, mas também abre um novo capítulo na interação humana com a tecnologia, com potencial para transformar vidas.
Com informações da O Globo | Foto Freepik
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