Entenda o que é Git Flow, e para que ele serve!

Quando falamos sobre desenvolvimento de software, precisamos deixar claro que, para isso, é necessário um time, no qual cada um fará a sua parte. E, para isso, uma boa capacidade de organização será fundamental para proporcionar que os fluxos de desenvolvimento sejam, de fato, eficientes.

Um destaque é o Git Flow. Cada vez mais utilizado, principalmente para empresas que atuam com metodologias ágeis, é uma ferramenta importante e que os profissionais que desejam trabalhar com desenvolvimento devem conhecer.

Entenda o que é o Git Flow e tire suas dúvidas sobre o tema a seguir.

O que é Git Flow

O Git Flow é um modelo de workflow que tem ganhado muito destaque na área de desenvolvimento de software, principalmente, pela sua capacidade de auxiliar na organização de versionamento de códigos.

Ele surgiu em 2010, com o objetivo de auxiliar a potencializar a organização de branches nos repositórios e, assim, melhorar questões de fluidez em projetos quando há a necessidade de incluir novas funções no sistema. Mas não só para isso. Veremos mais a frente as principais possibilidades para seu uso.

Ele surgiu como um método em um blog e, ao longo dos últimos anos, vem sendo melhor desenvolvido para ser aplicado da forma correta, auxiliando, especialmente, em projetos complexos.

Ok, nós falamos um termo que pode ser desconhecido para você: branch. O que é isso? Pense em um projeto como uma árvore. O tronco e o ramo principal é o Branch Master, ou seja, a parte central e principal do processo. Já as ramificações que orbitam a parte principal são os branches.

As features são consideradas um tipo de branch. Neste caso, é um desses processos que atende a uma funcionalidade específica.

Quando ele é utilizado?

Em primeiro lugar, precisamos entender: o Git Flow pode ser adotado em todo o projeto? Na verdade, não. Ele é recomendado, especialmente, nos casos em que há um versionamento semântico ou, então, quando um projeto demanda publicação de várias versões dele.

O Git Flow pode ser usado em diversas situações, entre elas:

• permitir otimização de desenvolvimento de novas funcionalidades;
  
• facilitar correção de bugs e vulnerabilidades;
  
• quando há necessidade de desenvolver features paralelas, sem prejudicar a master. Com isso, é possível mantê-lo de forma fiel, evitando falhas que possam comprometer sua codificação;
  
• otimizar processos de lançamento de novas versões de uma solução.
  

E os casos nos quais ele não é a melhor opção? Bom, podemos citar, por exemplo, quando é preciso ter um processo de entrega contínua no projeto. Isso acontece porque o modelo do Git Flow gera branches de longa duração, o que atrapalha o fluxo de entrega contínua.

Por isso, é sempre importante identificar qual a estrutura do seu projeto e saber se ele é favorecido com esse modelo ou não.

Benefícios do Git Flow

O Git Flow é cada vez mais utilizado nos casos recomendados anteriormente, principalmente, pelas suas vantagens. As principais delas são:

• desenvolvimento paralelo: se há alguma funcionalidade ou necessidade de um desenvolvimento paralelo de alguma parte do projeto, o Git Flow facilita para que isso aconteça. Você consegue isolar essa nova produção do trabalho que já está correndo, sem maiores problemas. Ele só é incorporado ao corpo principal do código quando os times responsáveis pelo desenvolvimento paralelo já estão confiantes de que é possível fazer essa integração;
  
• facilidade para alternar entre tarefas: se você precisar realizar alternância entre tarefas de um projeto, o Git Flow consegue realizar isso de forma tranquila e eficiente. É só criar uma nova branch de feature e, depois, voltar para a tarefa anterior. Isso ajuda, por exemplo, no momento em que há a necessidade de correção de bugs;
  
• favorece a colaboração: muitos projetos demandam a participação de várias pessoas e o Git Flow auxilia para que duas ou mais consigam realizar a mesma tarefa de forma tranquila. Ela ajuda a compartilhar a branch e permite analisar e visualizar com maior precisão a participação de cada um no projeto;
  
• área de preparação: os envolvidos conseguem realizar todos os testes de novas funcionalidades, em uma área específica, sem precisar ter preocupação se está ou não em produção;
  
• facilita correção de emergências: se for preciso realizar suporte de forma emergencial, isso é feito de forma mais segura, evitando que possa acontecer mesclas de códigos que deveriam estar devidamente separados.
  

Desvantagens do Git Flow

Ainda que o Git Flow seja altamente vantajoso, é muito importante conhecer também de que forma ele pode ser desvantajoso e saber como minimizar os riscos em sua adoção. Vamos ver os principais deles a seguir.

• alta complexidade: o Git Flow é mais indicado para situações nas quais o projeto seja complexo. Para situações mais simples, os fluxos e processos dessa metodologia podem trazer mais problemas do que fluidez de fato;
  
• lentidão: mais uma vez, quando estamos falando de projetos mais simples, o Git Flow não apresenta uma boa solução. Neste caso, ele pode tornar o fluxo mais lento;
  
• não é uma boa opção para DevOps: ele é dedicado a ciclos mais longos de desenvolvimento, não sendo uma boa opção para projetos orientados por DevOps. Neste caso, a adaptação não é positiva e pode trazer mais prejuízos;
  
• não permite lançamentos contínuos: por exemplo, para casos de startup, no qual há a necessidade de diversos lançamentos em um dia, de forma ágil, o Git Flow não é a melhor opção.
  

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Conhecer o Git Flow é saber mais sobre identificar metodologias que auxiliem a proporcionar entregas contínuas, ágeis e com maior sucesso. Dominar esses temas ajuda a melhorar seu posicionamento no mercado.

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