Para além do aumento exponencial no número de ciberataques, fato é que eles têm aumentado consideravelmente a complexidade em suas ações — levando, principalmente, a necessidade de potencializar medidas de segurança.
Numa aplicação, a possibilidade de ter uma medida de proteção interna pode gerar uma camada extra importante, superando os limites que as medidas voltadas para a superfície externa da aplicação possuíam.
Nesse contexto, é importante saber o que é a RASP e como funciona essa tecnologia de segurança. Saiba mais a seguir!
O que é RASP?
RASP é a sigla para Runtime Application Self-Protection é uma tecnologia de segurança que visa oferecer autoproteção inteligentemente, dentro da própria solução, identificando uma tentativa de ataque e a bloqueando, em tempo real.
O sistema de autoproteção consegue identificar uma ação maliciosa e consegue acionar as medidas necessárias para impedir o ataque ou, então, fazer uma reconfiguração interna, impedindo a ação.
Entendendo melhor o que é o RASP com exemplo
Em uma analogia com nosso corpo, é como uma vacina: a ideia é incentivar o corpo a criar anticorpos. Assim, ele pode reconhecer quando há uma tentativa de infecção por vírus ou bactéria. Quando o agente nocivo é reconhecido, há um movimento de autoproteção do organismo para eliminar o invasor.
O que o RASP consegue solucionar?
O RASP responde rapidamente a questões como:
- Ameaças;
- Ataques de injeção SQL;
- Ataques de Cross-Site Scripting (XSS);
- Tentativas de quebra de autenticação;
- Exploração de vulnerabilidades, entre outros.
Como funciona o RASP?
O RASP possui um sistema de autoproteção, de forma que quando a aplicação é executada, é possível acionar o automonitoramento de ações potencialmente maliciosas. Ela consegue identificar em tempo real. Esse mecanismo pode ser implementado tanto em aplicações web quanto, também, naquelas não-web.
Ele consegue identificar se as chamadas realizadas são seguras ou não. Se forem, autoriza a execução. Se não, o sistema já consegue se reconfigurar para eliminar o agente malicioso ou o bloqueio da ação.
Ou, então, caso não consiga intervir, uma notificação é enviada aos responsáveis, visando realizar uma intervenção ágil e evitar a concretização do ataque.
Quando o RASP é utilizado?
Mas afinal, quando é indicado o uso do RASP como uma camada extra de proteção? Ele é bastante utilizado em conjunto com outras medidas de segurança externas, tais como:
- Firewalls de aplicativos da web;
- Testes de segurança estáticos.
Quando essas medidas não são o suficiente para conter ataques, o RASP pode ser uma possibilidade interessante. Outra indicação é, também, quando há uma maior dificuldade de liberação de correções de vulnerabilidade em novas versões da aplicação. Neste caso, o RASP oferece uma resposta mais ágil, pela sua possibilidade de autocorreção.
Benefícios do RASP
O RASP pode ser uma solução interessante no contexto da cibersegurança. Isso porque ela proporciona algumas vantagens, entre elas:
- Permite uma visão detalhada do que está sendo realizado para impedir um ataque, ajudando os times envolvidos a identificarem quais são os pontos de vulnerabilidade que precisam ser corrigidos por agentes humanos;
- Além disso, as informações coletadas nesse ponto que falamos anteriormente também oferecem informações essenciais para os times de cibersegurança, como os autores do ataque, o tipo de técnica escolhida por eles e, também, até mesmo os trechos que estão sob vulnerabilidade e foram alvo da ação;
- É possível identificar e interceptar as solicitações que partem do aplicativo para o sistema. Quando há um tipo de solicitação suspeita, ela é bloqueada automaticamente;
- Por agirem internamente, elas conseguem ter informações contextuais e paralisar um ciberataque mais rapidamente;
- Possuem um bom custo-benefício em comparação com outras soluções de proteção;
- Ela impede alterações no ambiente de execução;
- Todas as ações do RASP são realizadas sem interromper a atividade da aplicação, evitando paralisações que podem comprometer o negócio.
Contudo, o RASP tem um ponto que demanda atenção na sua adoção: cada aplicação deve ser protegida individualmente, o que pode demandar um tempo maior na implementação. Outro ponto é a necessidade de observação na performance, a fim de evitar perdas. Caso essa seja uma possibilidade, é importante considerar os prós e contras no uso do RASP.
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Doutoranda em Ciências Humanas e Sociais, Mestra e Bacharel em Comunicação. Copywriter e redatora desde 2013. Pesquisadora na área de tecnologia e política. Especialista em conteúdos sobre tecnologia, saúde, empreendedorismo, gestão, entre outras. Apaixonada por café, gatos e cultura geek.