Se a Inteligência Artificial avança, considerando a ideia de que as máquinas podem pensar, um outro campo na área de tecnologia começa a ganhar força: a Computação Afetiva. Você já deve ter visto algumas referências a questões relativas a isso e, talvez, até esteja pensando no filme “Her” (estrelado por Joaquin Phoenix) no momento.
Mas afinal, o que é a Computação Afetiva? O que podemos esperar dessa área de estudo para o futuro da TI? Confira a seguir mais sobre o assunto e tire suas dúvidas.
O que é a Computação Afetiva?
A Computação Afetiva (Affective Computing) é uma área na Computação que está ganhando maior expressão no momento. Trata-se de um campo no qual estuda-se formas de dotar as máquinas com a capacidade de reconhecer emoções e sentimentos.
Para além de reconhecer, em um segundo ponto, também seria possível que as máquinas expressassem emoções, modulando sua comunicação de acordo com a emoção do ser humano com quem ela está interagindo.
No ponto atual, não significa que ela teria a capacidade de sentir emoções, pois ela ainda não seria capaz de ter consciência de si. Seria uma emulação como resposta ao estímulo identificado nos usuários.
Em outras palavras, é a área de estudo e desenvolvimento de tecnologias capazes de reconhecer, interpretar, processar e simular as emoções e afetos humanos.
O que baseia a Computação Afetiva?
A Computação Afetiva é um campo de pesquisa e desenvolvimento interdisciplinar, que alinha conhecimentos de diversas áreas, entre elas:
- Computação;
- Estatística;
- Matemática;
- Ciência Cognitiva;
- Neurociência;
- Psicologia;
- Sociologia;
- Psiquiatria;
- Ética
- Antropologia.
Quais são as tendências de Computação Afetiva para o futuro?
O que temos hoje já sobre essa área e quais as perspectivas para o futuro? Bom, o campo da Computação Afetiva poderá abrir muitos caminhos interessantes para novas soluções, facilitar alguns trabalhos, entre outros pontos.
No Brasil, por exemplo, temos uma pesquisa pioneira que pode auxiliar profissionais de saúde mental (como terapeutas, psicólogos e psiquiatras): criada em uma pesquisa de doutorado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, a solução desenvolvida permite, por meio da análise de comportamento dos usuários, identificar comportamentos depressivos em redes sociais.
Os dados de treinamento foram obtidos a partir de até 10 anos de interações de 415 mil usuários, e pode ser aplicada em qualquer site de rede social. O sistema permitiu identificar palavras e expressões que eram mais compartilhadas por pessoas que estivessem tendencialmente sofrendo de quadros depressivos e, ainda, identificar expressões de vergonha, culpa, nervosismo, entre outros.
Com o crescimento da IA generativa (como o ChatGPT), estima-se que, alinhado com a Computação Afetiva, seria possível identificar o estado emocional de um usuário e que o sistema se adaptasse e reagisse a ele e, por meio do registro em uma solução específica, encaminhar essa pessoa para atendimento imediato com um profissional de saúde mental em caso de risco à vida, por exemplo.
Outra tendência é poder otimizar o atendimento ao cliente e melhorar sua satisfação a longo prazo. Por exemplo, uma solução de chatbot, quando reconhecer que um cliente está estressado ou insatisfeito, poderá encaminhá-lo diretamente para o suporte especializado, para que um especialista consiga prestar um atendimento direcionado para a situação.
Há, ainda, a possibilidade de que sensores de Internet das Coisas (IoT, ou Internet of Things) possam, também, responder aos estímulos humanos. Quer ver um exemplo do que poderemos encontrar no futuro?
Um carro dotado de sensores no volante e nos pedais identifica que o condutor está segurando o volante com as mãos trêmulas e frequência cardíaca alterada. Além disso, a pressão sobre os pedais está mais alta do que o normal. Isso pode ser interpretado, em conjunto com outros sinais, como um indicativo que ele estaria estressado ou ansioso.
Como resposta, o veículo poderia acionar playlists mais relaxantes, acionar um computador de bordo que conversaria com o motorista, com scripts de respiração voltadas para relaxamento, entre outras possibilidades que ajudariam a ele se acalmar.
Estima-se que o mercado de Computação Afetiva cresça de US$ 28,6 bilhões (em 2020) para US$ 140 bilhões (até 2025), segundo relatório da Markets and Markets. Um crescimento altamente expressivo.
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Agora que você sabe o que é a Computação Afetiva, cabe ressaltar: essa é uma área ainda começando a expandir e, portanto, temos poucos especialistas no campo. Isso significa que temos poucos profissionais especializados no assunto, o que favorece as contratações e, também, remunerações muito atrativas.
Então, não perca tempo: a hora é agora de começar uma formação na área de tecnologia e poder desfrutar de um mercado começando e com tendência a ser tão forte quanto a Inteligência Artificial!
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Doutoranda em Ciências Humanas e Sociais, Mestra e Bacharel em Comunicação. Copywriter e redatora desde 2013. Pesquisadora na área de tecnologia e política. Especialista em conteúdos sobre tecnologia, saúde, empreendedorismo, gestão, entre outras. Apaixonada por café, gatos e cultura geek.