O que é API Rest? Entenda essa ferramenta de forma simples!

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Se um dia você precisou se localizar, você utilizou uma API. Mais precisamente, se você usou um Google Maps, parabéns: você usou uma API. E assim como essa simples ação, muitas vezes na sua rotina você já deve ter usado uma API. 

Mas afinal, você já ouviu falar de API Rest? Nesse texto, você vai entender do que se trata este tipo de API de uma maneira bem descomplicada. Siga a leitura!

O que é uma API?

Uma API, Application Programming Interface (do inglês, interface para desenvolvimento de aplicação), é um conjunto de funções, protocolos, regras etc que ajudam programadores a desenvolverem seus softwares ou interagir com outros softwares. 

Em termos práticos, ela trabalha com a comunicação entre duas partes, uma que fornece informações e outra que recebe informações. Algumas pessoas confundem uma API com APP, mas não são a mesma coisa. 

Pegando o exemplo do Google Maps lá da introdução, quando você quer saber a localização de certo lugar, a API do Google Maps (APP) recebe essa sua solicitação, processa e retorna para você, sem que você saiba como que ela fez isso

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A API é um conjunto de funções, protocolos, regras etc que ajudam programadores a desenvolverem seus softwares ou interagir com outros softwares. Fonte: Shutterstock.

O que é REST?

Parece nome de linguagem de programação, mas não é. REST, Representational State Transfer (do inglês, transferência de estado representacional), surgiu com a tese de doutorado de Fielding, em 2000. Isso foi um marco na época e desde lá vem sendo aprimorado. 

Direto ao ponto, REST é um estilo arquitetural que deixa os desenvolvedores contentes ao trabalharem nas suas aplicações, pois tem a fama de ser bem flexível, ou seja, se alguma coisa no futuro exigir mudanças, este estilo permite que não haja tantas dores de cabeça no processo. Ele foi visto como muito útil para serviços web e hoje é amplamente utilizado.

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O Rest foi visto como muito útil para serviços web e hoje é amplamente utilizado por conta de sua flexibilidade. Fonte: Shutterstock.

REST se baseia em 6 princípios, que você vai conhecer a seguir. Uma API REST (ou API RESTful) é criada respeitando cada um destes princípios. 

Quais são os 6 princípios do REST?

Cada um dos princípios ajuda a tornar a aplicação, como já dissemos, mais flexível. Além disso, os 6 princípios ajudam também a saber qual o tipo de API que se quer desenvolver. 

  1. Cliente-Servidor: esse princípio diz que tanto cliente como servidor devem ser separados, mas tem que ter a capacidade de operar independentemente; 
  2. Sem Estado: esse princípio diz que uma API REST não coleta informações do lado do cliente e o servidor não armazena informações da requisição do cliente;
  3. Interface Uniforme: esse princípio diz que todos os recursos devem aparentar ser o mesmo, não importa se é uma requisição de nome ou endereço do usuário, por exemplo;
  4. Cache: esse princípio diz que uma API REST funciona melhor com um design para armazenar dados em cache;
  5. Design em Camadas: esse princípio diz que uma API REST deve ser desenvolvida em camadas para que seja mais escalável e modular; 
  6. Código sob demanda: esse princípio diz que algumas vezes, durante a execução da API REST, códigos executáveis serão enviados ao cliente, já que eles são baixados em forma de pequenas aplicações e rodam em segundo plano.

Com esses princípios em mente, o desenvolvedor pode considerar o que precisa construir e utilizar o estilo arquitetural para ajudá-lo. Agora que você viu a base para construir uma API REST, que tal ver de modo simples como ela funciona? 

Como funciona uma API REST?

Qualquer desenvolvedor ou pessoa mais experiente na área dirá a mesma coisa: se você quer entender como funciona uma API REST, você precisa entender o que é um recurso, que nada mais é do que uma abstração. Por exemplo, uma página que trabalha com vendas, catálogo e fotos poderia, baseado no princípio de Interface Uniforme, ter os seguintes recursos:

A grande pergunta pode ser: e como operar com esses recursos? Lembra que estamos falando da interação entre cliente e servidor? Pois bem, há métodos que você pode usar para retornar, alterar, deletar etc cada um dos recursos que você tem. Abaixo você vai ver os métodos utilizados:

  • GET: este método faz com que o servidor procure algo e retorne para o cliente;
  • PUT: este método faz com que algo que o cliente “diga” seja atualizado no banco de dados;
  • POST: este método faz com que uma nova entrada seja criada no banco de dados;
  • DELETE: este método faz com que uma entrada seja deletada do banco de dados.

Em termos práticos, é como se você procurasse uma blusa no seu guarda-roupa (GET) porque você vai usar para sair. Então, você pega a blusa escolhida e veste (PUT). Como você tirou a blusa do guarda-roupa,você deixou um espaço (POST), que você simplesmente eliminou puxando as roupas mais para perto uma das outras (DELETE).

Quais são os benefícios de uma API REST?

Uma API REST não tenta reinventar a roda. Ou seja, ela se baseia em HTTP, que veio antes dela e permite que desenvolvedores trabalhem com formatos que são usados em qualquer lugar da web, como JSON, XML, HTML etc. 

Outro benefício é a escalabilidade. Isso quer dizer que uma API REST, dependendo das mudanças que sofra com o passar do tempo, possui pontos positivos quanto à sua performance e a custo para reparar algum problema. Além de que, como já dissemos, uma API REST é muito flexível, cortando muitas dores de cabeça.

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O API Rest é bastante flexível e permite que desenvolvedores trabalhem com formatos que são usados em qualquer lugar da web, como JSON, XML, HTML etc. Fonte: Shutterstock.

Agora é com você!

Neste texto, você viu de modo bem simples o que é uma API REST e como ela funciona. Ela está presente em muitos contextos da nossa vida e é capaz de a utilizarmos algumas delas sem nem se dar conta. 

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Perguntas Frequentes

Quais linguagens de programação usar em uma API REST?

Felizmente, uma API REST pode ser desenvolvida em muitas linguagens de programação diferentes, o que acaba sendo um alívio para programadores que poderiam não ter afinidade com certa linguagem obrigatória. 

As linguagens que podem ser usadas pelos desenvolvedores vão desde Ruby, Python, PHP, Java, Perl e C#.  

Qual a diferença de cliente para servidor?

A maneira mais simples de entender isso é pensando no próprio navegador, como o Chrome ou Firefox, por exemplo. Se você tentar acessar um site de receitas, você precisa digitar o nome do site e dar entender. Isso é o que se chama de requisição. 

Essa requisição vai para o servidor, que entende, procura o que você pediu e retorna o pedido na tela do navegador que, no caso, é o cliente.

O que é cache?

É uma espécie de arquivo temporário. Imagine que você tem costume de acessar um site várias vezes por dia e muitas vezes na semana. A primeira vez que você acessou o navegador coletou várias informações e as armazenou.

Daí, na próxima vez que você acessar, vai ser bem mais rápido, porque o navegador já tem no cache o conhecimento que não tinha antes. 

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